Elsa e Fred
Algumas pessoas falam que se sentir velho é um "estado de espírito", outros "que se trata apenas de um fator biológico". Bobbio nos diz que o idoso vive ‘de’ e ‘em função’ das lembranças e que o tempo da memória corre em contraposição ao tempo real, ou seja, a vivência torna-se mais presente nas lembranças. A filósofa francesa Simone de Beauvoir traça um quadro realista e trágico em relação aos idosos e a nossa sociedade: "é um segredo vergonhoso e um assunto proibido". A velhice reflete-se também na existência social, bem como na questão da sexualidade do indivíduo. O filme Elsa e Fred leva-nos a reformular alguns pré-juízos referentes a uma suposta velhice assexuada. Elsa é uma senhora que adentra a vida de Alfredo mostrando-lhe que, também nesse momento, a vida é preciosa e pode ser desfrutada com prazer, Fred se permite levar por essa juventude e linda loucura. A partir desse momento tudo se transforma e ele aprende a viver. (Fonte: filosofiacinema.blog.terra.com.br/)Drama, Argentina/Espanha, 2005, 108min.; COR. Diretor: Marcos Carnevale.
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